DOS EN UNO VOL 1
2003
17 BAILE DE FRONTEIRA
É num baile de fronteira
que a gente pode aprender
esse balanço safado
de se dançar chamamé
Tem que ter manha no corpo
pra sapatear tem que ter
tranco de sapo baleado
e jeitão de jaguaretê
Tudo começou em Corrientes
num baile veja você
também se orelhava um truco
que é um modo de se entreter
Um ás que sobrou na mesa
bastou pra coisa ferver
e a cachaça brasileira
alguma culpa há de ter
Se foi tiro ou cimbronaço pago pra ver
deixa que venha no braço
pra se entender
se o facão marca o compasso
deixa correr
enquanto sobrar um pedaço
vamo metê
Se foi tiro ou cimbronaço pago pra ver
deixa que venha no braço
pra se entender
se o facão marca o compasso
deixa correr
enquanto sobrar um pedaço
vamo metê
En un baile de frontera
Borges supo aprender
del ....... galopeado
del danzar del chamamé
sentirse sapo baleado
y un poco yaguareté
Todo empezó allá en Corrientes
en un truco fíjese
cinco ases en la mesa
larguen eso cieguese
y al terminar los balazos
recomenzó el chamamé
O gaiteiro era buerana
não deixou o baile morrer
parou um valseado de seco
e sapecou um chamamé
Ficou só um casal dançando
gritando oiga-le-tê
que por quatro ou cinco tiros
não vamos se aborrecer
Dançar na ponta da adaga
não é tomar tererê
tem que cordear pros dois lados
fazendo o poncho esconder
Daí surgiu esse tranco
que foi até o amanhecer
quanto mais corria bala
melhor ficava pra ver
Se foi tiro ou cimbronaço pago pra ver
deixa que venha no braço pra se entender
se o facão marca o compasso deixa correr
enquanto sobrar um pedaço
vamo metê
Se foi tiro ou cimbronaço pago pra ver
deixa que venha no braço pra se entender
se o facão marca o compasso deixa correr
enquanto sobrar um pedaço
vamo metê.